Blog pessoal da Cris Autran

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Situações incontroláveis

Para: minha amiga Ana
Amiga:
Conforme minha promessa, estou enviando um e-mail contando as novidades da minha primeira semana depois de ser transferida pela firma para o Rio de Janeiro. Terminei hoje de arrumar as coisas no meu novo apartamento. 
Ficou uma gracinha, mas estou exausta. São dez da noite e já estou pregada.
Segunda-Feira: Cheguei na firma e já adorei. Entrei no elevador quase no mesmo instante em que o homem mais lindo desse planeta. Ele é loiro, tem olhos verdes e o corpo musculoso parece querer arrebentar o terno. Lindooooo! Estou apaixonada. Olhei disfarçadamente a hora no meu relógio de pulso e fiz uma promessa de estar parada defronte ao elevador todos os dias a essa mesma hora. Ele desceu no andar da engenharia. Conheci o pessoal do setor, todos foram atenciosos comigo. Até o meu chefe foi super delicado. Estou maravilhada com essa cidade. Cheguei em casa e comi comida enlatada. Amanhã vou a um mercado comprar alguma coisa.
Terça-Feira: Amiga! Precisava contar. Sabe aquele homem de quem falei? Ele olhou para mim e sorriu quando entramos no elevador. Fiquei sem ação  baixei a cabeça. Como sou burra! Passei o dia no trabalho pensando que  preciso fazer um regime. Me olhei no espelho hoje de manhã e estou com uma barriguinha indiscreta. Fui no mercado e só comprei coisinhas leves: biscoitos, legumes e chás. Resolvido! Estou de dieta.
Quarta-Feira: Acordei com dor-de-cabeça. Acho que foi a folha de alface ou o biscoito do jantar. Preciso manter-me firme na dieta.  Quero emagrecer dois quilos até o fim-de-semana. Ah! O nome dele é Marcelo.Ouvi um amigo dele falando com ele no elevador. E ainda tem mais: ele desmanchou o noivado há dois meses e está sozinho. Consegui sorrir para ele quando entrou no elevador e me cumprimentou. Estou progredindo, né? Como faço para me insinuar sem parecer vulgar? Comprei um vestido dois números menor que o meu. Será a minha meta.
Quinta-Feira: O Marcelo me cumprimentou ao entrar no elevador. Seu sorriso iluminou tudo! Ele me  perguntou se eu era a arquiteta que viera transferida de Brasília e eu só fiz: "  U-hum"... Ele me perguntou se eu estava gostando do Rio e eu disse: "  U-hum". Aí, ele perguntou se eu já havia estado antes aqui e eu disse: "  U-hum".  Então, ele perguntou se eu só sabia falar "  U-hum" e eu respondi: " Ã-hã".  Será que fui muito evasiva? Será que eu deveria ter falado um pouco mais? Ai, amiga! Estou tão apaixonada! Estou  resolvida!Amanhã vou perguntar se ele não gostaria de me mostrar o Rio de Janeiro no final de semana.  Quanto ao resto, bem... ando com muita enxaqueca. Acho que vou quebrar meu regime hoje. Estou fazendo uma  sopa de legumes. Espero que não me engorde demais.
Sexta-Feira: Amiga! Estou arruinada! Ontem à noite, não resisti e me empanturrei. Coloquei bastante  batata-doce na sopa, além de couve, repolho e beterraba. Menina, saí de casa que parecia um caminhão de lixo. Como eu peidava! (nossa! Você não imagina a minha vergonha de contar isto, mas se  eu não  desabafar, vou me jogar pela janela!). No metrô, durante o trajeto para o trabalho, bastava um solavanco para eu soltar um futum que nem eu mesma suportava. Teve um momento em que alguém dentro do trem gritou: " Aí! Peidar até pode, mas jogar merda em pó dentro do  vagão é muita sacanagem!"   Uma senhora gorda foi responsabilizada. Todo mundo olhava para ela, tadinha. Ela ficou vermelha, ficou amarela, e eu aproveitava cada mudança de cor para soltar outro. O meu maior medo era prender e sair um barulhento. Eu estava morta de vergonha. Desci na estação e parei atrás de uma moça com um bebê no colo, enquanto aguardava minha vez de sair pela roleta. Aproveitei e soltei mais um. O senhor que estava na frente da  mulher com o bebê virou-se para ela e disse: "  Dona! É melhor a senhora jogar esse bebê fora porque ele  está estragado!".  Na entrada do prédio onde trabalho tem uma senhora que vende bolinhos, café, queijo,  essas coisas de camelô. Pois, eu ia passando e um freguês começou a cheirar um pastel, justo na hora em
que o futum se espalhou. O sujeito jogou o pastel no lixo e reclamou: "  Pô, dona Maria! Esse pastel tá  bichado!"  Entrei no prédio resolvida a subir os dezesseis degraus pela escada. Meu azar foi que o Marcelo ficou segurando a porta, esperando que eu entrasse. Como não me decidia, ele me puxou pelo braço e apertou o botão do meu andar. Já no terceiro andar ficamos sozinhos. Cheguei a me sentir aliviada, pois assim a viagem terminaria mais rápido. Pensei rápido demais. O elevador deu um solavanco e as luzes se apagaram. Quase instantaneamente a iluminação de emergência acendeu. Marcelo sorriu (ai, aquele sorriso...) e disse que era a bruxa da sexta-feira. Era assim mesmo, logo a luz voltaria, não precisava se preocupar. Mal sabia ele que eu estava mesmo preocupada. Amiga, juro que tentei prender. Mas antes que saísse com estrondo, deixei escapar. Abaixei e fiquei respirando rápido, tentando aspirar o máximo possível, como se estivesse me sentindo mal, com falta de ar. Já se imaginou numa situação dessas? Peidar e ficar tentando aspirar o peido para que o homem mais lindo do mundo não perceba que você peidou? Ele ficou muito preocupado comigo e, se percebeu o mau cheiro, não o demonstrou. Quando achei que a catinga havia passado, voltei a  respirar normal. Disse para ele que eu era claustrófoba. Mal ele me ajudou a levantar, eu não consegui prender o segundo, que saiu ainda pior que o anterior. O coitado dessa vez ficou meio azulado, mas ainda não disse nada. Abaixei novamente e fiquei respirando rápido de novo, como uma mulher em estado de parto. Dessa vez, Marcelo ficou afastado, no canto mais distante de mim no elevador. Na ânsia de disfarçar, fiquei olhando para a sola dos meus sapatos, como se estivesse buscando a origem daquele fedor horroroso. Ele ficou lá, no canto, impávido. Nem bem o cheiro se esvaiu e veio outro. Ele se desesperou e começou a apertar a campainha de emergência. Coitado! Ele esmurrou a porta, gritou,  esperneou, e eu lá, na respiração cachorrinho. Quando a catinga dissipou, ele se acalmou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Ele me viu chorando, enxugou meus olhos e disse: "Meus olhos também estão ardendo..." Eu juro que pensei que ele fosse  dizer algo bonito. Aquilo me magoou  profundamente. Pensei: "Ah, é, FDP? Então, acabou a respiração cachorrinho..." Depois disso, no primeiro ele cobriu o rosto com o paletó. No segundo, enrolou a cabeça. No terceiro, prendeu a respiração, no quarto, ele ficou roxo. No quinto, me sacudiu pelos braços e berrou:  "Mulher! Pára de se cagar!". Depois disso ele só chorava. Chorou como um bebê até sermos resgatados, quatro horas depois. Entrei no escritório e pedi minha transferência para outro lugar, de preferência, outro País.
Sua amiga, Ana.
P.S.: Apague este e-mail depois de ler, tá?

(Fonte: 
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS6wcejIZL5jEEFvIGj_FjmDvle-QJr-4xrLg&s)



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pensata

"Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo magoado, não grita porque sabe que isso fereos seus sentimentos."
(Anônimo)
(Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR0RahCiUNgoPTKDKTExdERPIpCI-n4lOt2yg&s)


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Suicídio da Bicha


Em um apartamento em Lisboa, moravam duas bichas que viviam brigando.
Um dia, uma delas se suicidou!

No meio do interrogatório, na delegacia, o delegado perguntou à bicha que ainda estava viva:
- Quer dizer que você chega, vê a sua amiga com a cabeça dentro do forno e não faz nada?

- Claro que não! - respondeu ela - Eu pensei que ela estava secando o cabelo!
(Fonte: https://www.recadosface.com/img-1221.html)

Gente feia e gente pobre

Não existe gente feia!
Hoje em dia, com todos os recursos cirúrgicos, estéticos, de moda e de etiqueta, pode-se mudar radicalmente o rosto, o corpo, os modos de se vestir e se comportar em sociedade.
Particularmente, creio que isso só é necessário se fizer muito mal para auto estima, pois, muitas das vezes, é somente o apelo do consumismo que leva as pessoas, principalmente as mulheres, a recorrerem aos artíficios das cirurgias estéticas, colocando em risco  a saúde e até a vida, em nome da vaidade.
Mas, esses recursos estão restritos ao pequeno grupo de 'privilegiados' financeiramente, que podem pagar as suas transformações e estampá-las nas revistas de moda e fofocas.
Quem não pode pagar, fica desejando ter o corpo daquela atriz, a roupa daquela outra, o glamour daquela terceira, o que pode desencadear comportamentos atípicos, na maioria das vezes, nos adolescentes, que são seduzidos pelo apelo da mídia escrita e audiovisual.
Estar bem não significa necessariamente estar rigorosamente na moda, com os lábios tipo Paola de Oliveira, os seios tipo Pamela Anderson, e por aí afora.
Estar bem significa muito mais: 
Ter amigos que te amem do jeito que você é.
Ter uma família que te ama do jeito que você é.
Ter um trabalho que te traz realizações, independente de estar na mídia ou não.
Ter a ousadia de sonhar com um mundo mais justo e humano.
Ter a simplicidade de aceitar as coisas imutáveis.
Ter a pureza de sentir o quanto a natureza é bela.
Ter a sensibilidade de apreciar uma bela canção ou uma bela poesia.
Ter saúde para enfrentar o dia a dia e suas provações.
Ter a nobreza de admitir o quão se é pequeno perante a grandeza do Universo.
Ter a humildade de pedir perdão quando estamos errados.
Ter a rebeldia necessária para buscar a felicidade sempre.
A beleza física pode vir junto, a reboque, mas não como a locomotiva que comanda os vagões.
Eu estou mais para a música do Zeca Baleiro - Salão de Beleza, e me sinto melhor a cada dia assim.
Abaixo, vai uma prova de que não existe gente feia e sim gente pobre.
Antes do fama: 

Depois da fama:

Salão de Beleza

Se ela se penteia
Eu não sei!
Se ela usa maquilagem
Eu não sei!
Se aquela mulher vaidosa
Eu não sei!
Eu não sei!
Eu não sei!...
Vem você me dizer
Que vai num salão de beleza
Fazer permanente
Massagem, rinsagem, reflexo
E outras "cositas más"...(2x)
Oh! Baby você não precisa
De um salão de beleza
Há menos beleza
Num salão de beleza
A sua beleza é bem maior
Do que qualquer beleza
De qualquer salão...
Baby você não precisa
De um salão de beleza
Há menos beleza
Num salão de beleza
A sua beleza é bem maior
Do que qualquer beleza
De qualquer salão...
Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição...
Vem você me dizer
Que vai num salão de beleza
Fazer permanente
Massagem, rinsagem, reflexo
E outras "cositas más"...
Baby você não precisa
De um salão de beleza
Há menos beleza
Num salão de beleza
A sua beleza é bem maior
Do que qualquer beleza
De qualquer salão...(2x)
Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição...
Belle! Belle!
Como Linda Evangelista
Linda! Linda!
Como Isabelle Adjani...(3x)
Veja como vem!
Veja bem!
Veja como vem
Vai! Vai!
Vem! Veja bem!
Como vai! Vem!
Veja como vai!
Veja bem!
Veja bem como vem!
Vai! Vem!
Se ela vai também!
Aí! Bela Morena
Aí! Morena Bela
Quem foi que te fez tão formosa?
És mais linda que a rosa
Debruçada na janela...(2x)
(Composição: Zeca Baleiro)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aos mestres, com carinho...

Agradeça aos professores...
Recebi esta mensagem por e-mail e posto aqui como um agradecimento aos meus mestres de ontem e de hoje.
Obrigada aos meus professores e professoras que ajudaram a moldar a profissional e a Mulher que sou hoje!

"O material escolar mais barato que existe na praça é o professor."
(Jô Soares)

"É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de 'barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'Caxias'.

Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.

Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele."

(fonte - Revista do Professor de Matemática, no.36 - 1998.)
(Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQo-2sQ5w3gZ8HdEov-4oLDOOaoIsDs_5w46A&s)

100 OBSERVAÇÕES A RESPEITO DA COMPLICADA LÍNGUA PORTUGUESA!

Recebi esta mensagem por e-mail de uma amiga querida, Janete Eluan, uma pessoa iluminada, e compartilho aqui para conhecimento geral. Gostei muito destas curiosidades a respeito da nossa maravilhosa Língua Portuguesa.....
1 - Custas só se usa na linguagem jurídica para designar 'despesas feitas no processo'. Portanto, devemos dizer: "O filho vive à custa do pai".  No singular.
2 - Não existe a expressão à medida em que. Ou se usa à medida que correspondente a à proporção que, ou se usa na medida em que equivalente a tendo em vista que.
3 - O certo é a meu ver e não ao meu ver.
4 - A princípio significa inicialmente, antes de mais nada. Ex: " A princípio, gostaria de dizer que estou bem. "Em princípio quer dizer em tese. Ex: "Em princípio, todos concordaram com minha sugestão."
5 - À-toa, com hífen, é um adjetivo e significa "inútil",   "desprezível".   Ex: Esse rapaz é um sujeito à-toa. À toa, sem hífen, é uma locução adverbial e quer dizer "a esmo",   " inutilmente". Ex: " Andava à toa na vida."
6 - Com a conjunção se, deve-se utilizar acaso, e nunca caso. O certo: "Se acaso vir meu amigo por aí, diga-lhe...".  Mas podemos dizer: "Caso o veja por aí...".
7 - Acerca de quer dizer a respeito de. Veja: Falei com ele acerca de um problema matemático. Mas há cerca de é uma expressão em que o verbo haver indica tempo transcorrido, equivalente a faz. Veja: Há cerca de um mês que não a vejo.
8 - Não esqueça: alface é substantivo feminino. A alface está bem verdinha.
9 - Além pede sempre o hífen: além-mar, além-fronteiras, etc.
10 - Algures é um advérbio de lugar e quer dizer "em algum lugar".  Já alhures significa "em outro lugar".
11 - Mantenha o timbre fechado do o no plural dessas palavras: almoços, bolsos, estojos, esposos, sogros, polvos, etc.
12 - O certo é alto-falante, e não auto-falante.
13 - O certo é alugam-se casas, e não aluga-se casas. Mas devemos dizer precisa-se de empregados, trata-se de problemas. Observe a presença da preposição (de) após o verbo. É a dica pra não errar.
14 - Depois de ditongo, geralmente se emprega x. Veja: afrouxar, encaixe, feixe, baixa, faixa, frouxo, rouxinol, trouxa, peixe, etc.
15 - Ancião tem três plurais: anciãos, anciães, anciões.
16 - Só use ao invés de para significar ao contrário de, ou seja, com idéia de oposição. Veja: Ela gosta de usar preto ao invés de branco. Ao invés de chorar, ela sorriu. Em vez de quer dizer em lugar de. Não tem necessariamente a idéia de oposição. Veja: Em vez de estudar, ela foi brincar com as colegas. (Estudar não é antônimo de brincar).
17 - Ainda se vê e se ouve muito aterrisar em lugar de aterrissar, com dois s. Escreva sempre com o s dobrado.
18 - Não existe preço barato ou preço caro. Só existe preço alto ou baixo. O produto, sim, é que pode ser caro ou barato. Veja: Esse televisor é muito caro. O preço desse televisor é alto.
19 - Ainda se vê muito, principalmente na entrada das cidades, a expressão bem vindo (sem hífen) e até benvindo. As duas estão erradas. Deve-se escrever bem-vindo, sempre com hífen.
20 - Atenção: nunca empregue hífen depois de bi, tri, tetra, penta, hexa, etc. O nome fica sempre coladinho. O Sport se tornou tetracampeão no ano 2000. O Náutico foi hexacampeão em 1968. O Brasil foi bicampeão em 1962.
21 - Veja bem: uma revista bimensal é publicada duas vezes ao mês, ou seja, de 15 em 15 dias. A revista bimestral só sai nas bancas de dois em dois meses. Percebeu a diferença? 
22 - Hoje, tanto se diz boêmia como boemia. Nelson Gonçalves consagrou a segunda, com a tonicidade no 'mia'.
 23 - Cuidado: Eu caibo dentro daquela caixa. A primeira pessoa do presente do indicativo assim se escreve porque o verbo é irregular.
24 - Preste atenção: o senador Luiz Estevão foi cassado. Mas o leão foi caçado e nunca foi achado. Portanto, cassar (com dois s) quer dizer tornar nulo, sem efeito.
25 - Existem palavras que só devem ser empregadas no plural. Veja: os óculos, as núpcias, as olheiras, os parabéns, os pêsames, as primícias, os víveres, os afazeres, os anais, os arredores, os escombros, as fezes, as hemorróidas, etc.
26 - Pouca gente tem coragem de usar, mas o plural de caráter é caracteres. Então, Carlos pode ser um bom-caráter, mas os dois irmãos dele são dois maus-caracteres.
27 - Cartão de crédito e cartão de visita não pedem hífen. Já cartão-postal exige o tracinho.
28 - Catequese se escreve com s, mas catequizar é com z. Esse português...
29 - O exemplo acima foge de uma regrinha que diz o seguinte: os verbos derivados de palavras primitivas grafadas com s formam-se com o acréscimo do sufixo -ar: análise-analisar, pesquisa-pesquisar, aviso-avisar, paralisia-paralisar, etc.
30 - Censo é de recenseamento; senso refere-se a juízo. Veja: O censo deste ano deve ser feito com senso crítico.
31 - Você não bebe a champanhe. Bebe o champanhe. É, portanto, palavra masculina.
32 - Cidadão só tem um plural: cidadãos.
33 - Cincoenta não existe. Escreva sempre cinqüenta.
34 - Ainda tem gente que erra quando vai falar gratuito e dá tonicidade ao i, como de fosse gratuíto. O certo é gratuito, da mesma forma que pronunciamos intuito, circuito, fortuito, etc.
35 - E ainda tem gente que teima em dizer rúbrica, em vez de rubrica, com a sílaba bri mais forte que as outras. Escreva e diga sempre rubrica.
36 - Ninguém diz eu coloro esse desenho. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo abolir. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga: Eu vou colorir esse desenho. Eu vou abolir esse preconceito.
37 - Outro verbo danado é computar. Não podemos conjugar as três primeiras pessoas: eu computo, tu computas, ele computa. A gente vai entender outra coisa, não é mesmo? Então, para evitar esses palavrões, decidiu-se pela proibição da conjugação nessas pessoas. Mas se conjugam as outras três do plural: computamos, computais, computam.
38 - Outra vez atenção: os verbos terminados em -uar fazem a segunda e a terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a terceira pessoa do imperativo afirmativo em -e e não em -i. Observe: Eu quero que ele continue assim. Efetue essas contas, por favor. Menino, continue onde estava.
39 - A propósito do item anterior, devemos lembrar que os verbos terminados em -uir devem ser escritos naqueles tempos com -i, e não com -e. Veja: Ele possui muitos bens. Ela me inclui entre seus amigos de confiança. Isso influi bastante nas minhas decisões. Aquilo não contribui em nada com o progresso.
40 - Coser significa costurar. Cozer é que significa cozinhar.
41 - O correto é dizer deputado por São Paulo, senador por Pernambuco, e não deputado de São Paulo e senador de Pernambuco.
42 - Descriminar é absolver de crime, inocentar. Discriminar é distinguir, separar. Então dizemos: Alguns políticos querem descriminar o aborto. Não devemos discriminar os pobres.
43 - Dia a dia (sem hífen) é uma expressão adverbial que quer dizer todos os dias, dia após dia. Por exemplo: Dia a dia minha saudade vai crescendo. Enquanto que dia-a-dia é um substantivo que significa cotidiano e admite o artigo: O dia-a-dia dessa gente rica deve ser um tédio.
44 - A pronúncia certa é disenteria, e não desinteria.
45 - A palavra dó (pena) é masculina. Portanto, sentimos muito dó daquela moça.
46 - Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota quantidade, distância, peso. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas é suficiente.
47 - Há duas formas de dizer: é proibido entrada, e é proibida a entrada. Observe a presença do artigo a na segunda locução.
48 - Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: televisão em cores, e não a cores.
49 - Cuidado: emergir é vir à tona, vir à superfície. Por exemplo: O monstro emergiu do lago. Mas imergir é o contrário: é mergulhar, afundar. Veja o exemplo: O navio imergiu em alto-mar.
50 - A confusão é grande, mas se admitem as três grafias: enfarte, enfarto e infarto.
51 - Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em lugar de estada. Portanto, a minha estada em São Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em Santos só demorou um dia. Portanto, estada para permanência de pessoas, e estadia para navios ou veículos.
52 - E não esqueça: exceção é com ç, mas excesso é com dois s.
53 - Lembra-se dos verbos defectivos? Lá vai mais um: falir. No presente do indicativo só apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo assim: eu falo, tu fales... Horrível, né?
54 - Todas as expressões adverbiais formadas por palavras repetidas dispensam a crase: frente a frente, cara a cara, gota a gota, face a face, etc.
55 - Outra vez, tome cuidado. Quando for ao supermercado, peça duzentos ou trezentos gramas de presunto, e não duzentas ou trezentas. Quando significa unidade de massa, grama é substantivo masculino. Se for a relva, aí sim, é feminino: não pise na grama; a grama está bem crescida.
56 - É freqüente se ouvir no rádio ou na TV os entrevistados dizerem: Há muitos anos atrás... Talvez nem saibam que estão construindo uma frase redundante. Afinal, há já dá idéia de passado. Ou se diz simplesmente Há muito anos. ou Muitos anos atrás. Escolha. Mas não junte o há com atrás.
57 - Cuidado nessa arapuca do português: as palavras paroxítonas terminadas em -n recebem acento gráfico, mas as terminadas em -ns não recebem: hífen, hifens; pólen, polens.
58 - Atenção: Ele interveio na discórdia, e não interviu. Afinal, o verbo é intervir, derivado de vir.
59 - Item não leva acento. Nem seu plural itens.
60 - O certo é a libido, feminino. Devo dizer: Minha libido hoje não tá legal.
61 - Todo mundo gosta de dizer magérrima, magríssima, mas o superlativo de magro é macérrimo.
62 - Antes de particípios não devemos usar melhor nem pior. Portanto, devemos dizer: os alunos mais bem preparados são os do 2º grau. E nunca: os alunos melhor preparados...
63 - Essa história de mal com l, e mau com u, até já cansou. É só decorar: Mal é antônimo de bem, e mau é antônimo de bom. É só substituir uma por outra nas frases para tirar a dúvida.
64 - Pronuncie máximo, como se houvesse dois s no lugar do x (mássimo).
65 - Toda vez que disser "É meio-dia e meio"   você estará errando. O certo é: meio-dia e meia. Ou seja, meio dia e meia hora.
66 - Não tenho nada a ver com isso, e não haver com isso.
67 - Nem um nem outro leva o verbo para o singular: Nem um nem outro conseguiu cumprir o que prometeu.
68 - Toda vez que usar o verbo gostar tenha cuidado com a ligação que ele tem com a preposição de. Ex: a coisa de que mais gosto é passear no parque. A pessoa de que mais gosto é minha mãe.
69 - Lembre-se: pára, com acento, é do verbo parar, e para, sem acento, é a preposição. Portanto: Ele não pára de repetir para o amigo que tem um carro novo.
70 - E tem mais: pelo, sem acento, é preposição (contração da preposição por com o artigo o) e pêlo, com acento, é o cabelo.
71 - E quer mais? Pêra, a fruta, leva acento, só para diferenciar de uma antiga preposição também chamada pera. Já o plural dispensa o acento: peras. Dá pra entender? O jeito é decorar.
72 - Ainda tem mais uma palavra com acento diferencial: pôde, terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo poder. É para diferenciar de pode, a forma do presente. Então dizemos: Ele até que pôde fazer tudo aquilo, mas hoje não pode mais. Percebeu a diferença?
73 - Pôr só leva acento quando é verbo: Quero pôr tudo no seu devido lugar. Mas se for preposição, não leva acento: Por qualquer coisa, ele se contenta.
74 - Fique atento: nunca diga nem escreva 1 de abril, 1 de maio. Mas sempre: primeiro de abril, primeiro de maio. Prevalece o ordinal.
75 - É chato, pedante ou parece ser errado dizer 'quando eu vir Maria, darei o recado a ela'. Mas esse é o emprego correto do verbo ver no futuro do subjuntivo. Se eu vir, quando eu vir. Mas quando é o verbo vir que está na jogada, a coisa muda: quando eu vier, se eu vier.
76 - Só use quantia para somas em dinheiro. Para o resto, pode usar quantidade. Veja: Recebi a quantia de 20 mil reais. Era grande a quantidade de animais no meio da pista.
77 - O prefixo recém sempre se separa por hífen da palavra seguinte e deve ser pronunciado como oxítona: recém-chegado de Londres.
78 - Não esqueça: retificar é corrigir, e ratificar é comprovar, reafirmar: 'Ratifico o que disse e retifico meus erros'.
79 - Quando disser ruim, diga como se a sílaba mais forte fosse -im. Não tem cabimento outra pronúncia.
80 - Fique atento: só empregamos São antes de nomes que começam por consoante: São Mateus, São João, São Tomé, etc. Se o nome começa por vogal ou h, empregamos Santo: Santo Antonio, Santo Henrique, etc.
81 - E lembre-se: Seção, com ç, quer dizer parte de um todo, departamento: a seção eleitoral, a seção de esportes. Já sessão, com dois s, significa intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembléia, um acontecimento qualquer: A sessão do cinema demorou muito tempo. A sessão espírita terminou.
82 - Não confunda: senão, juntinho, quer dizer caso contrário. E se não, separado, equivale a se por acaso não. Veja: Chegue cedo, senão eu vou embora. Se não chegar cedo, eu vou embora. Percebeu a diferença?
83 - Tire esta dúvida: quando só é adjetivo equivale a sozinho e varia em número,ou seja, pode ir para o plural. Mas só como advérbio, quer dizer somente. Aí não se mexe. Veja: Brigaram e agora vivem sós (sozinhos). Só (somente) um bom diálogo os trará de volta.
84 - É comum vermos no rádio e na TV o entrevistado dizer: "O que nos falta são subzídios". Quer dizer, fala com a pronúncia do z. Mas não é: pronuncia-se ss. Portanto, escreva subsídio e pronuncie subssídio.
85 - Taxar quer dizer tributar, fixar preço. Tachar é atribuir defeito, acusar.
86 - E nunca diga: Eu torço para o Flamengo. Quem torce de verdade, torce pelo Flamengo.
87 - Todo mundo tem dúvida, mas preste atenção: 50% dos estudantes passaram nos testes finais. Somente 1% terá condições de pagar a mensalidade. Acreditamos que 20% do eleitorado se abstenha de votar nas próximas eleições. Mais exemplos: 10% estão aptos a votar, mas 1% deles preferem fugir das urnas. Quer dizer, concorde com o mais próximo e saiba que essa regra é bastante flexível.
88 - Um dos que deixa dúvidas. Há gramáticos que aceitam o emprego do singular depois dessa expressão. Mas pela norma culta, devemos pluralizar: Eu sou um dos que foram admitidos. Sandra é uma das que ouvem rádio.
89 - Veado se escreve com e, e não com i.
90 - Esse português da gente tem cada uma: tem viagem com g e viajem com j. Tire a dúvida: viagem é o substantivo: A viagem foi boa. Viajem é o verbo: Caso vocês viajem, levem tudo.
91 - O prefixo vice sempre se separa por hífen da palavra seguinte: vice-prefeito, vice-governador, vice-reitor, vice-presidente, vice-diretor, etc.
92 - Geralmente, se usa o x depois da sílaba inicial -en: enxaguar, enxame, enxergar, enxaqueca, enxofre, enxada, enxoval, enxugar, etc. Mas cuidado com as exceções: encher e seus derivados (enchimento, enchente, enchido, preencher, etc) e quando -en se junta a um radical iniciado por ch: encharcar (de charco), enchumaçar (de chumaço), enchiqueirar (de chiqueiro), etc.
93 - Não adianta teimar: chuchu se escreve mesmo é com ch.
94 - Ciclo vicioso não existe. O correto é círculo vicioso.
95 - E qual a diferença entre achar e encontrar? Use achar para definir aquilo que se procura, e encontrar para aquilo que, sem intenção nenhuma, se apresenta à pessoa. Veja: Achei finalmente o que procurava. Maria encontrou uma corda debaixo da cama. Jorge achou o gato dele que fugiu na semana passada.
96 - Adentro é uma palavra só: Meteu-se porta adentro. A lua sumiu noite adentro.
97 - Não existe adiar para depois. Isso é redundante, porque adiar só pode ser para depois.
98 - Afim (juntinho) tem relação com afinidade: gostos afins, palavras afins. A fim de (separado) equivale a para: Veio logo a fim de me ver bem vestido.
99 - Pode parecer meio estranho, mas pode conjugar o verbo aguar normalmente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós aguais, eles águam.
100 - (Finalmente, chegamos ao centés
imo item). E, por falar nisso, centigrama é palavra masculina: dois centigramas.

Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR74HAq9MgweA--IOLRDYJbYO4CkWvwkOAS0g&s

domingo, 17 de outubro de 2010

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
(Clarice Lispector)
(Fonte: Arquivo pessoal)